Em 11 de novembro de 2019, através da publicação da Portaria nº108-R, a Secretaria de Estado da Educação, instituiu a Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar – APOIE, na rede pública estadual de educação capixaba. Em 03 de maio de 2023 foi publicada no Diário Oficial a Portaria nº111-R que revoga a Portaria nº108-R, e Institui a Gerência de Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar - G-APOIE no âmbito da rede escolar pública estadual e dá demais providências.

A Ação Psicossocial e Orientação Interativa Escolar (APOIE) atua de forma alinhada com a missão da Secretária de Estado da Educação (SEDU) do Estado do Espírito, de assegurar o direito ao acesso e permanência em uma educação inclusiva e de qualidade. A iniciativa tem como objetivo desenvolver ações que visam a contribuir para o desenvolvimento intelectual, emocional e social dos estudantes da rede estadual de ensino do Espírito Santo, fomentar, junto às escolas, a construção de narrativas e estratégias que colaborem para o bem-estar no ambiente escolar, e ainda, apoiar e orientar às escolas no acolhimento e encaminhamento (caso seja necessário) de demandas relacionadas à aspectos psicossociais dos estudantes, proporcionando a articulação com os demais equipamentos de proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes

A Apoie oferece suporte e orientação às escolas em relação às demandas psicossociais dos alunos. Sua abordagem é caracterizada pelo olhar atento, escuta e acolhimento, considerando as nuances sociais e subjetivas específicas de cada situação. Esse enfoque visa colaborar com as instituições de ensino, fortalecendo o bem-estar e promovendo a integração educacional. 

O compromisso ético-político da APOIE está alinhado com a efetivação de políticas públicas em diversas áreas, visando compor o Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e dos Adolescentes de maneira ativa, participativa e colaborativa, com o propósito de fortalecer a proteção, a promoção e garantia dos direitos dos estudantes.

A atuação das equipes Apoie visa desconstruir a concepção de que questões psicossociais devem ser abordadas por um viés individualizante e propõe substituir esta visão reducionista por uma postura de corresponsabilidade, diálogo e articulação entre os diversos atores da comunidade escolar.

Destacamos que o trabalho executado é resultado de um amplo processo de práticas coletivas na política de educação. Fundada no cotidiano das experiências escolares, na interlocução com demais políticas públicas. O diálogo é destacado como fundamento dessa relação, entre os campos da educação, psicologia e serviço social, promovendo uma construção coletiva na qual, cada membro da comunidade escolar, é reconhecido como sujeito capaz de contribuir para a elaboração de práticas educativas com potencial crítico e transformador. Entendendo que a parceria é nossa forma de atuação mais potente.